Em Campo Grande, Ônibus das linhas vermelhas não irão mais aceitar dinheiro

30/10/2011 - Correio do Estado

A partir do dia 1º de novembro (próxima terça-feira), 19 itinerários da linha vermelha do transporte coletivo da Capital não irão mais aceitar dinheiro no pagamento da passagem. A medida faz parte da operação “caixa limpo”, que foi anunciada em audiência pública por vereadores, prefeitura, empresas do transporte coletivo e representantes do Ministério Público Estadual (MPE).

Foto: Valdenir Rezende / Correio do Estado

As linhas vermelhas são responsáveis por ligar os terminais de embarque ao centro da cidade. Segundo o diretor de departamento operacional da Agetran, Luiz Alencar, essa mudança vai atingir 60% de toda a demanda municipal, que atualmente é de 300 mil passageiros por dia.

A medida começou no dia 26 de agosto, quando os 45 ônibus articulados da Capital passaram a aceitar apenas o cartão como forma de pagamento. O diretor da Agetran, Rudel Trindade, avaliou positivamente a mudança. “Fizemos o monitoramento em 3 articulados e o resultado foi positivo”, explica, dizendo que dos 120 passageiros que usaram esses três coletivos, apenas 9 não tinham o cartão.

De acordo com a Agetran, desde que houve a mudança nos ônibus articulados, o número de pessoas que utilizam dinheiro como forma de pagamento caiu 13% em um mês. “Em agosto tínhamos um percentual de 30% de usuários que utilizavam dinheiro. Em setembro esse número caiu para 17%. A previsão é de que esse índice fique em 10% em novembro”, afirma Alencar.

A próxima etapa da media será realizada no dia 1º de janeiro, quando todos os demais ônibus da cidade deixarem de aceitar dinheiro como pagamento. “A mudança está sendo feita por etapas para não prejudicar a população. Até o começo do ano que vem, o sistema vai funcionar totalmente sem dinheiro”, declara Rudel.

Segurança
Em entrevista ao Portal Correio do Estado, o comandante da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto David dos Santos, disse que a medida irá reduzir drasticamente o número de assaltos à coletivos na Capital.

A preocupação das pessoas, é que com a falta de dinheiro no caixa dos ônibus, os passageiros se tornem alvos do criminosos, “A possibilidade dos passageiros serem assaltados é pequena. O que leva os bandidos a praticarem o assalto, é o fato do dinheiro estar concentrado com o motorista, é uma ação muito rápida”, finaliza Coronel David.